Com certeza você já deve ter visto e se perguntado sobre como é feita a classificação de trilhas. Que quesitos são levados em consideração? Quais os critérios utilizados? Quais fatores interferem nessa classificação? Pois bem, existem regras e normas para isso. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. A NBR que traz a Classificação de percursos é a NBR 15505-2 de 2019.

Primeiro precisamos definir os tipos de trilha que existem:

Trilha: usamos a palavra trilha quando a ida e a volta se dão pelo mesmo caminho.

Travessia: uma trilha em que o início e o fim são lugares distintos. Para padronização na nomenclatura, usa-se por convenção a letra “x” (minúsculo) entre o local de início e o do fim sempre que a travessia não possuir um nome específico.

Circuito: quando uma trilha começa e termina no mesmo local, mas seguindo por caminhos diferentes.

Importante: em todos os tipos de roteiros (trilhas, travessias e circuitos) a extensão, o tempo informado e outras características para a aferição da classificação (leve, moderada, pesada) sempre levam em consideração o caminho total, mesmo se o caminho da ida for o mesmo da volta, no caso dos roteiros que possuem a denominação “trilha”.

Trilhas com acessibilidade

Algumas trilhas permitem o acesso a portadores de necessidades especiais, portanto, mesmo não sendo obrigatória a classificação dessas trilhas se tornam importantes para definirmos seu uso em placas, artigos técnicos, planos de manejo e em outros documentos.

  1. Trilhas PD (pessoas com deficiências): trilhas adaptadas para portadores de deficiência física:
  2. a) trilhas para cadeirantes: normalmente são trilhas curtas, onde o piso é plano, sem obstáculos e totalmente adaptado para cadeiras de rodas;
  3. b) trilhas para portadores de deficiência visual: trilha adaptada, normalmente com um cabo guia e com inscrições em braille nas placas informativas.
  4. Trilhas para crianças, idosos e adaptadas para carrinhos de bebê: são trilhas curtas, normalmente interpretativas e com poucos ou sem obstáculos.

Definido os tipos de trilhas o sistema de classificação, seguindo a norma da ABNT é composto de quatro critérios:

  1. a) severidade do meio: refere-se aos riscos e outras características decorrentes do meio natural, como temperatura, pluviosidade, riscos de quedas, facilidade de resgate, entre outros, que podem ser encontrados ao longo do percurso;
  2. b) orientação no percurso: refere-se ao grau de dificuldade para orientação, como presença de sinalização, trilhas bem marcadas, presença de pontos de referência, entre outros, para completar o percurso;
  3. c) condições do terreno: refere-se aos aspectos encontrados no percurso em relação ao piso e às condições para percorrê-lo, como tipos de pisos, trechos com obstáculos, trechos com pedras soltas, entre outros;
  4. d) intensidade de esforço físico: refere-se à quantidade de esforço físico requerido para cumprir o percurso, levando em conta extensão e desníveis (subidas e descidas), considerando um cliente comum. Considera-se cliente comum uma pessoa adulta, não-esportista e com bagagem leve. A classificação de um percurso pode variar de acordo com a variação das condições de cada estação do ano.

Em nossos roteiros a aba “classificação” traz de maneira resumida e de fácil entendimento as particularidades de cada trilha, levando em consideração cada parte do percurso e usando as normas da ABNT para a correta classificação e repasse da informação aos nossos clientes. Por isso pedimos que ao comprar um produto nosso, leia com atenção todas as informações, pois a segurança no turismo de aventura envolve pessoas (tanto os clientes quanto os prestadores de serviços), equipamentos e procedimentos. Em caso de duvidas ou para maiores informações utilize nossos canais de comunicação que teremos prazer em conversar com você.